A mais pequenina

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Princesa

sábado, 10 de março de 2018


ADRIANO MOREIRA, O GRANDE

Hoje Adriano Moreira presenteou-nos com uma lição de humildade e sabedoria.
Este homem, pela sua forma de comunicar, mais parece uma enciclopédia falante, um símbolo da história viva de Portugal.
É impressionante e emocionante a riqueza do seu conhecimento e, em especial, a linha condutora do seu discurso caracterizado por um humanismo cristão, apoiado na liberdade de expressão e na defesa da família, valores que parecem cada vez mais distantes… de algumas políticas.

Adriano, atravessou a nossa história desde os tempos de Salazar, de quem foi ministro, viveu a revolução de Abril (que previu) e, acima de tudo, foi um democrata por todos respeitado, temido e, em particular, por muitos desejado.

Alma Mater do ISCSP, Instituto Superior de Ciências Políticas e Sociais, (onde tive a honra de ser professor) também ali foi grande promotor e defensor da Lusofonia e da História de Portugal. Foi e é a referência maior daquela prestigiada instituição de ensino, à qual muito deu e continua a dar. 

Ao contrário do que é hoje uma quase generalização, Adriano Moreira é uma das referências de políticos vivos, que assentou e assenta as suas convicções políticas, em ideias que defende, partilha e vive, ignorando interesses pessoais e materiais.

Porque é mais forte “a força da palavra que a palavra do poder” expressão cara a Adriano, Salazar mandou-o prender. E é na cadeia que se torna amigo de Mário Soares… e assim ficaram até à morte deste. Mais tarde, o ditador convida-o para Ministro do Ultramar. No exercício dessas funções, e porque pessoal e frontalmente discordou de opções que o ditador lhe quis impor, comunicou-lhe: “acabou de perder o seu ministro”.   
Por tudo isto, é sempre uma emoção forte e grande o privilégio de com ele poder dialogar e aprender. Tive esse privilégio por mais do que uma vez.         
E essa emoção e privilégio repetiu-se hoje, vendo-o e ouvindo-o no congresso do CDS.

Longa vida, para este Homem Grande da história contemporânea Portuguesa.
António Rodrigues

10.03.2018

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