Os
judeus também são cruéis
Na minha adolescência “devorei”
quase todos os livros que na altura se escreviam sobre a II Guerra Mundial. Vivíamos,
então, vinte e cinco anos após o fim aquele
tragédia, liderada por Hitler. Dos muitos livros que li, dois marcaram-me: a
25ª Hora e o Treblinka. Num deles, já não sei qual, contava-se que os judeus
cantavam o “Coro dos Escravos” quando caminhavam
ao encontro das câmaras de gás, melhor falando, ao encontro da morte.
Uma guerra é sempre hedionda mas
a dimensão do genocídio, o Holocausto, promovido pelo bandido alemão foi
assustadora e, porventura, ímpar até aquela data.
Segundo o Antigo Testamento,
José, o filho de Jacob[1],
bisneto de Abraão, foi pelos irmãos vendido a mercadores que o levaram o
Egipto, arrastando neste gesto toda a família hebraica. Sim, porque pouco tempo
depois, alguns irmãos de José iriam ao Egipto em busca de cereais e,
surpreendentemente, ali o encontrariam como um líderes da casa egípcia. Por
centenas de anos ali se fixaram, agora como escravos, sendo pela liderança de
Moisés que retomariam à Terra Prometida.
Só que agora já não havia a prometida terra, mas sim a Palestina.
Por via da injustiça e
desumanidade de que foram alvo na II Guerra, os judeus/hebreus ganharam mais atenção
e respeito em todo o mundo de tal foram que em 1948 lhes foi forjado um Estado,
o de Israel; e a Palestina, aos olhos do mundo, ficou secundarizada, para
muitos ocupada.
Hoje, o líder de Israel, faz aos
seus vizinhos palestinianos , exactamente o mesmo que Hitler fez ao povo judeu.
No tempo em que lia os livros sobre a II Guerra
pensava para comigo que bandidos como Hitler já não voltariam para fazer sofrer
o mundo…
Bem me enganei! Muitos houve
depois dele, mas ver o líder israelita avançar com um genocídio contra os
Palestinos e perante a passividade do Mundo, só apetece esquecer o Holocausto.
Mas claro, não se pode.
A Vida é dolorosa em muitas latitudes do planeta.