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Princesa

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

 

Eleições – sim ou não?!

A política, como tudo na vida, é feita e é fruto de contextos, muito em particular, os sociais. Por isso se percebeu, ou muitos perceberam, a lógica da “geringonça”, que teve o seu tempo e a sua razão de ser. E que até terá resultado, no cumprimento das expectativas que foram criadas.

Hoje, os tempos são outros e os contextos políticos totalmente diferentes, desde logo porque Portugal está em vias de acolher as maiores tranches financeiras da sua história, que ultrapassam em muito, o fartote da vinda do ouro do Brasil no tempo de D. João V. Ora, esta realidade, obriga-nos a olhar o futuro do país com outros horizontes e outro tipo de ambições.

Somos um país que tem um milhão e oitocentos mil cidadãos que vivem a pobreza, muitos deles no limiar da miséria. Somos o único país da União Europeia que é governado com dependência efectiva das vontades, ainda que pontuais, dos comunistas, da extrema-esquerda e, não é demais lembrar, dos defensores dos animais. A questão que se coloca é saber se é também com esses parceiros políticos que Portugal quer enfrentar o seu futuro e planear o desafio do Plano de Recuperação e Resiliência. O Orçamento de Estado, dizem os entendidos, pouco importância dá às empresas e, dizem os que ouvem bem, que o ministro da tutela, pouco tempo perdeu a falar desse mesmo orçamento e da interacção que esse documento deveria ter com o mundo empresarial português. Aliás, é o ministro que faz parte de um governo que ignorou ou se esqueceu de ouvir os representantes dos patrões, em decisões em que as empresas eram literalmente atingidas.

É neste cenário que se discute um orçamento que desgraçadamente não vai reduzir o número vergonhoso dos pobres da nação. Haverá eleições antecipadas? Pouco ou nada interessa, se sim, se não, pois tudo se manterá mais ou menos como está, a não ser que se “chegue” ao ponto da extrema-direita vir a ser força política preponderante no país…

 Tudo isto é preocupante! Tudo isto é o país que somos para oferecer aos nossos filhos e netos, envolto numa das maiores dívidas da união europeia: a portuguesa.

E isto não é pessimismo, antes triste realidade que assusta… e muito!    

8 de Novembro de 2021