Eleições
– sim ou não?!
A
política, como tudo na vida, é feita e é fruto de contextos, muito em
particular, os sociais. Por isso se percebeu, ou muitos perceberam, a lógica da
“geringonça”, que teve o seu tempo e a sua razão de ser. E que até terá
resultado, no cumprimento das expectativas que foram criadas.
Hoje,
os tempos são outros e os contextos políticos totalmente diferentes, desde logo
porque Portugal está em vias de acolher as maiores tranches financeiras da sua
história, que ultrapassam em muito, o fartote da vinda do ouro do Brasil no
tempo de D. João V. Ora, esta realidade, obriga-nos a olhar o futuro do país com
outros horizontes e outro tipo de ambições.
Somos
um país que tem um milhão e oitocentos mil cidadãos que vivem a pobreza, muitos
deles no limiar da miséria. Somos o único país da União Europeia que é
governado com dependência efectiva das vontades, ainda que pontuais, dos
comunistas, da extrema-esquerda e, não é demais lembrar, dos defensores dos
animais. A questão que se coloca é saber se é também com esses parceiros
políticos que Portugal quer enfrentar o seu futuro e planear o desafio do Plano
de Recuperação e Resiliência. O Orçamento de Estado, dizem os entendidos, pouco
importância dá às empresas e, dizem os que ouvem bem, que o ministro da tutela,
pouco tempo perdeu a falar desse mesmo orçamento e da interacção que esse
documento deveria ter com o mundo empresarial português. Aliás, é o ministro
que faz parte de um governo que ignorou ou se esqueceu de ouvir os
representantes dos patrões, em decisões em que as empresas eram literalmente
atingidas.
É
neste cenário que se discute um orçamento que desgraçadamente não vai reduzir o
número vergonhoso dos pobres da nação. Haverá eleições antecipadas? Pouco ou
nada interessa, se sim, se não, pois tudo se manterá mais ou menos como está, a
não ser que se “chegue” ao ponto da extrema-direita vir a ser força política
preponderante no país…
Tudo isto é preocupante! Tudo isto é o país
que somos para oferecer aos nossos filhos e netos, envolto numa das maiores
dívidas da união europeia: a portuguesa.
E
isto não é pessimismo, antes triste realidade que assusta… e muito!
8 de Novembro de 2021
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