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Princesa

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Para meditarmos. Todos!


Houve eleições presidenciais em Portugal.

Acabaram ditando a reeleição do actual Presidente.

Não foram famosas no conteúdo e na forma.

Pouco se falou do país e dos seus problemas

Discutiu-se a personalidade de cada um, fizeram-se insinuações. E acusações.

E houve ofensas e ataques pessoais.

A comunicação social, de tudo isto fez eco. E, como vem sendo hábito, em alguns casos sentenciou, qual tribunal da era moderna. O tribunal da era democrática e da liberdade.

A maioria dos portugueses não votou, considerando a abstenção, os votos nulos e, muito em especial, os brancos.

É assim em Portugal. Tem sido mais ou menos isto em Portugal, sempre que há eleições.

Em Cabo Verde haverá eleições para o Governo, a 6 de Fevereiro.

Decorre a campanha política.


As ruas enchem-se de cores e carros garridos e barulhentos. Com megafones ou quejandos se propagandeia o melhor de cada partido. E as bandeiras desfraldam acossadas pela velocidade dos velhos e barulhentos veículos.


Houve debate televisivo, colocando em confronto os dois putativos futuros primeiros-ministros. O actual e o que o quer substituir.

Foram quase duas horas de debate.

Sem ofensas e insinuações. E, muito menos, acusações.

Falaram e debateram os problemas do país. Com a desejável agressividade política dentro dos cânones do bom senso e do aceitável.

Em nenhuma circunstância – repito – em nenhuma circunstância, um interrompeu o outro.


É verdade!

Ninguém interrompeu ninguém e os tempos, cronometrados e projectados no ecrã, jamais foram incumpridos.

No fim, após o cordial cumprimento entre os crioulos candidatos, esperava-se pelo debate televisivo de comentadores, para apreciar o comportamento dos políticos. O debate de afiar as facas e definir cada um a seu modo, quem ganhou e quem perdeu.


Nadas disso aconteceu.

Afinal, não haveria debate entre comentadores.

O povo não precisa de interlocutores para ajuizarem o que todos viram.

Não precisa de intérpretes.

Esta a justificação que nos foi dada.

O debate será repetido mais duas vezes – e foi – e o povo saberá tirar as suas ilações sem influências de terceiros. Reafirmaram-me os meus amigos.


E a campanha continua.

Com paz, empenho e muita morna que sai daqueles altifalantes…

Lá é assim.

Cá, foi como foi!

António Rodrigues


1 comentário:

  1. Ainda sobre Nª Srª do Almonda:
    Grato pelo interesse,segue excerto de artigo sobre a Senhora do Ó na
    Wikipedia, que acabo de encontrar:

    *"Torres Novas, Portugal.
    Em Portugal, o culto à Expectação do Parto, ou a Nossa Senhora do Ó, teria
    se iniciado em Torres Novas (SANTA MARIA, Frei Agostinho de. Santuário
    Mariano), onde uma antiga imagem da Senhora era venerada na Capela-mor
    da Igreja
    Matriz de Santa Maria do Castelo. Esta imagem era conhecida à época de D.
    Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almonda (devido ao rio Almonda, que
    banha aquela povoação), à época de D. Sancho I por Nossa Senhora da Alcáçova
    (c. 1187) ou, a partir de 1212, quando se lhe edificou (ou reedificou) a
    igreja, por Nossa Senhora do Ó. Esta imagem é descrita pelo mesmo autor
    como: ..."*

    No Brasil parece haver mais largo tratamento do tema. No artigo acima consta
    Bibliografia.
    É de salientar a referência ao conhecimento da imagem à época de D. Afonso
    Henriques."
    Saudações
    Armando(armacalves@gmail.com)

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