Houve eleições presidenciais em Portugal.
Acabaram ditando a reeleição do actual Presidente.
Não foram famosas no conteúdo e na forma.
Pouco se falou do país e dos seus problemas
Discutiu-se a personalidade de cada um, fizeram-se insinuações. E acusações.
E houve ofensas e ataques pessoais.
A comunicação social, de tudo isto fez eco. E, como vem sendo hábito, em alguns casos sentenciou, qual tribunal da era moderna. O tribunal da era democrática e da liberdade.
A maioria dos portugueses não votou, considerando a abstenção, os votos nulos e, muito em especial, os brancos.
É assim em Portugal. Tem sido mais ou menos isto em Portugal, sempre que há eleições.
Em Cabo Verde haverá eleições para o Governo, a 6 de Fevereiro.
Decorre a campanha política.
As ruas enchem-se de cores e carros garridos e barulhentos. Com megafones ou quejandos se propagandeia o melhor de cada partido. E as bandeiras desfraldam acossadas pela velocidade dos velhos e barulhentos veículos.
Houve debate televisivo, colocando em confronto os dois putativos futuros primeiros-ministros. O actual e o que o quer substituir.
Foram quase duas horas de debate.
Sem ofensas e insinuações. E, muito menos, acusações.
Falaram e debateram os problemas do país. Com a desejável agressividade política dentro dos cânones do bom senso e do aceitável.
Em nenhuma circunstância – repito – em nenhuma circunstância, um interrompeu o outro.
É verdade!
No fim, após o cordial cumprimento entre os crioulos candidatos, esperava-se pelo debate televisivo de comentadores, para apreciar o comportamento dos políticos. O debate de afiar as facas e definir cada um a seu modo, quem ganhou e quem perdeu.
Nadas disso aconteceu.
Afinal, não haveria debate entre comentadores.
O povo não precisa de interlocutores para ajuizarem o que todos viram.
Não precisa de intérpretes.
Esta a justificação que nos foi dada.
O debate será repetido mais duas vezes – e foi – e o povo saberá tirar as suas ilações sem influências de terceiros. Reafirmaram-me os meus amigos.
E a campanha continua.
Lá é assim.
Cá, foi como foi!
António Rodrigues
Ainda sobre Nª Srª do Almonda:
ResponderEliminarGrato pelo interesse,segue excerto de artigo sobre a Senhora do Ó na
Wikipedia, que acabo de encontrar:
*"Torres Novas, Portugal.
Em Portugal, o culto à Expectação do Parto, ou a Nossa Senhora do Ó, teria
se iniciado em Torres Novas (SANTA MARIA, Frei Agostinho de. Santuário
Mariano), onde uma antiga imagem da Senhora era venerada na Capela-mor
da Igreja
Matriz de Santa Maria do Castelo. Esta imagem era conhecida à época de D.
Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almonda (devido ao rio Almonda, que
banha aquela povoação), à época de D. Sancho I por Nossa Senhora da Alcáçova
(c. 1187) ou, a partir de 1212, quando se lhe edificou (ou reedificou) a
igreja, por Nossa Senhora do Ó. Esta imagem é descrita pelo mesmo autor
como: ..."*
No Brasil parece haver mais largo tratamento do tema. No artigo acima consta
Bibliografia.
É de salientar a referência ao conhecimento da imagem à época de D. Afonso
Henriques."
Saudações
Armando(armacalves@gmail.com)