A suprema humilhação política para o nosso país, foi-nos oferecida numa bandeja de barro pela tal troika de que tanto se fala. A que mandou gente para Portugal e que, em três semanas, impôs à outra troika (PS; PSD E CDS) aquilo que estes, durante anos nunca quiserem assumir. Teve que vir gente de fora, que trabalhando no duro, apresentou medidas que há muito se percebia – umas mais que outras – teriam que acontecer.
É uma imagem triste.
Chumba-se o PEC IV, com o pretexto que depois dele viria o V e o país não aguentaria. Como também disse Cavaco no discurso da pré-demissão do governo, aquando da sua tomada de posse.
Afinal de contas, a troika impôs muito, mas muito mais, do que previam todos os PEC’s juntos.
E, aqueles que o chumbaram, vão cordeirinhos aprovar e assumir as medidas da troika.
Fiquem descansados que se formos governo, nós cumpriremos.
O PS fez coro e disse o mesmo. Ou seja, todos a assinaram a cartilha da nossa incompetência e falta de coragem política. Todos assumiram, preto no branco, que sem a troika, as medidas de coragem para Portugal recuperar, não seriam conseguidas sem imposição do exterior. Porque, quem está no poder, tem sempre a oposição do outro, ou dos outros… independentemente de quem governa e de quem é oposição.
E para que servem os debates que antecedem o acto eleitoral que aí vem?
Para nada!
Tal como os deputados que vão para Parlamento que não vão servir para nada. Ou por outra, vão servir para levantarem o bracinho para votarem o que decidido está.
Ao que chegámos! …
Tudo está decidido e tudo tem que ser cumprido.
Não há margem de manobra. Ou então não haverá dinheiro…
O que me espanta é que nas medidas da troika ninguém escreveu uma palavra para se acabar com os Governos Civis.
Ninguém escreveu uma palavra para acabar com as Assembleias Distritais.
Ninguém escreveu uma palavra para se acabarem com ordenados de dezenas de milhares de euros mensais verificados nas empresas públicas, muitas delas falidas. Uma vergonha que só não incomoda (ao que parece) quem os recebe.
Ninguém escreveu e ninguém aborda esta questão nos debates. Porquê?
Não me choca o fim previsto de algumas pequenas freguesias, que a troika impôs e que eles assinaram.
Mas choca-me muito mais, que o Presidente da EDP, entre outros casos escandalosos, ganhe mais num ano (3 milhões de euros) do que todas as Juntas de Freguesia que irão ser extintas gastariam juntas em todo um mandato de 4 anos.
Demagogia? Não!
Vergonha! Sim!
E outra forma de humilhação.
António Rodrigues
13 de Maio de 2011
Parabens Sr. Pesidente pelo texto que aqui puiblica grande verdade essa de que a troika nao vê os abusos desses ordenadso chorudos essas regalias que gestores e administradores que levam as empresas á falência niiguem os chama a responsabilidade mas para cortar no pobre veêm eles ate a grecia que como sabemos esta em dificuldades tem o ordenado minimo nos 1.500euros e em portugal 485. que diferença abismal para o povo pagar a factura da má escolha
ResponderEliminarSempre sereno e inciso nas princípios e valores.
ResponderEliminarA Moralidade ... essa figura simbólica para muitos infelizmente não estranha a agressão, pois me disse há dias, um velho sapateiro na Feira Medieval de Torres Novas que ela “tinha no seu hipotético corpo mais facadas do que Judas”. Riem-se de nós, apertam-nos as mãos, não há coragem, não há consciência ... onde chegámos !
Ergo: nem há moralidade, nem comem todos.