A mais pequenina

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Princesa

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Perdoado seja!

Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós. (Mateus, VII: 1-2).

Exactamente isto que os católicos professam e procuram incutir ao próximo. E bem!


D. Policarpo disto se esqueceu e foi por aí acima e julgou de uma forma arrogante toda a classe política portuguesa.

Segundo ele, ninguém sai da política com as mãos limpas. Ou seja, ninguém é honesto! E, se são todos, como afirmou, o epíteto a todos a abrange, desde o mais alto magistrado da nação ao mais simples autarca de freguesia.


Ora isto é grave. Muito grave, vindo de onde veio.


Assim não!


Gostaria o prelado, que em contexto idêntico, se afirmasse que todo o clero católico não tem a alma limpa?

Um clero que ultimamente ocupa parte do seu tempo a lamber as feridas das asneiras de alguns, que não podem nem devem comprometer o todo, e que volta e meia, obriga a consecutivos envergonhados pedidos de desculpas?


Foi infeliz a afirmação, mas tornar-se-á desgraçada, se o chefe da Igreja portuguesa, não emendar a mão e perceber que é feio julgar os outros.

Exactamente as postura que o próprio já aconselhou nas suas homilias.

Porque no melhor pano cai a nódoa, só me resta esperar que Deus lhe perdoe…



António Rodrigues

3 comentários:

  1. Infelizmente é hábito de D. Policarpo falar demais... ou pensar em voz alta! Talvez acredite que os seus pecados o não são. Eu vejo irresponsabilidade, tendo em conta o cargo que ocupa. Amen.

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  2. gosto! e julgar os outros é sempre isso mesmo, o mais fácil, sobretudo recorrendo a generalizações grosseiras! abraço. jss

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  3. Generalizar dá nisto, com tanto para falar num tempo histórico como este, diz isto. Vindo de uma figura tão importante na sociedade portuguesa é perigoso.

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