A mais pequenina

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Princesa

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

 

Auschwitz 80 anos depois

Passam hoje oitenta anos que o campo de concentração alemão foi encerrado e, com ele, a matança de seres humanos.

A humanidade viveu a realidade da organizada matança de homens por outros homens. O ódio, o racismo, e em particular  anti-semitismo, levaram à morte mais de seis milhões de pessoas, desde bebés e crianças até ao mais idoso dos desgraçados. No coração da Europa viveu-se o escarro mais asqueroso que o Homem jamais poderia imaginar, onde os judeus caminhavam  para a morte, ao encontro das câmaras de gás, cantando o Coro dos Escravos.  “Se isto é um homem”, como escreveu Primo Levi, prisioneiro  Buna-Monowitz é a interrogação maior do Homem de boa-fé.

Mas os tempos que vivemos não são menos preocupantes, por incrível que possa parecer.

Sim, assustemo-nos com  a realidade de hoje da humanidade.

Desde logo, na mesma Alemanha, onde a extrema-direita neo-nazi está a um passo de voltar ao poder; quem diria, meu Deus!

Olhemos para a América dos dias de hoje. A deportação em bloco de inocentes levada a efeito com modos desumanos, como foi o caso de prisoneiros algemados devolvidos ao Brasil. E de lá vêm imagens preocupantes de gente do poder a assumir e a comunicar com recursos a  sinais nazis. Eis a política do racismo avançar e a galopar de forma tão desumana quanto preocupante.

E da Rússia veio a invasão da Ucrânia, com a consequente matança de inocentes. Aqui tão perto de nós…  

Por isso me enoja que tenhamos também em Portugal gente que defende estes princípios e métodos e, alguns deles, ordinariamente, em nome dos santos Evangelhos.  

O impensável pode desgraçadamente voltar a ser possível?

Sim, pode voltar a repetir-se.

A humanidade perdeu a memória?

 

“Vai, pensamento, sobre as asas douradas

Vai, e pousa sobre as encostas e as colinas

Onde os ares são tépidos e macios

Com a doce fragrância do solo Natal”

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