Como diz a mais linda morna
“Eu queria ser poeta para fazer um mar de poesia”
Para fazer rostos de esperança na minha terra
Importar e beber
Da esperança crioula
Eis as meninas e os meninos de um país com futuro
E com esperança
Meninos que habitam o nada,
Perdidos nas montanhas e nas áridas paragens de um arquipélago
Disperso na imensidão do mar…
Que vão à escola
Sem livros,
Sem cadernos
e
Dividem os lápis e as borrachas
E dividem os sonhos
Nos recreios
Onde brincam com o vento
E com o que inventam
Meninos da ternura e do encanto
Que sorriem e
Felizes no desencanto
São os rostos da esperança
De uma nação que dá lições de governança
Aos outros da abastança…
Eu queria ser poeta para fazer um mar de poesia”
Para entender a esperança
Do povo da Morabeza
Um povo de beleza
"Esse bô beleza, ê más cum belo horizonte
Infeitód cum bom pôr-do-sol
Ô um arco-íris mut bem d`stacód."
Eu queria ser poeta para fazer um mar de poesia”
Texto inspirado no poema
‘m cria ser poeta
de Paulino vieira
Esta Terra de Saudade, quais ilhas perdidas no oceano, é uma nação dos exemplos no exercício de bem governar. Mas o seu espírito de querer vencer vai atraindo os apoios essenciais. Por isso, estas crianças deambulam por montanhas agrestes, picadas de vulcões, por vales profundos ou por desertos bem áridos para aprender. Nas suas aldeias, dispersas aqui e além, parece tudo faltar. Pelos caminhos, abertos em curvas intermináveis, caminham estas crianças. Casa escola, escola casa. Mascando, incessantemente, os seus talos de cana de açúcar. Descalços e mal vestidos, nada os impede, nem a falta de material didático, de se aculturarem. Para a vida vencer. Os seus sorrisos espelham essa esperança. E se elas vencem, a nação vencerá. E Cabo Verde saberá dar os devidos exemplos, como porta para a África.
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