A mais pequenina

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Princesa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A hora di bai de Nhô Domingos



O Mar de Canal, pontual como sempre, partiu rumo ao porto de Porto Novo.

Para trás vislumbramos a linda baía do Mindelo, de mar sempre sereno, com os barcos e os botes ancorados que parecem sempre duplicados, tal o reflexo perfeito na água. Linda e azul como sempre. No mar e no céu.

E o barco galga as ondas, por vezes de um azul muito escuro, sempre potentes e gigantes, e que cospem água por força das ventanias. É um sobe e desce, consoante a onda, e, quando desce, mais parece que vai direito ao fundo do mar profundo.

Mas não!

Empertiga-se e, por vezes inclinado, volta a ter força para emergir na coroa da onda… É assim esta sensação de sobe desce. Ora parece que vai para as profundezas do inferno, ora parece que vai ao céu…

E a água, a tal que é cuspida pela força dos alísios, enxagua-nos a face e faz-nos sentir que somos mais um a ter que lutar contra ventos e marés, para que o destino depressa chegue.

Há um silêncio absoluto no magote de crioulos que enchem o barco. E, no bar, o espírito é o mesmo. Onde antes imperava a anedota fácil, a história rápida ou o piropo às meninas que nos servem o melhor café de todo o Mindelo, o ambiente é pesado.

Nhô Domingos não resistiu à queda da cama.

O colo do fémur partido e as suas consequências, associados aos seus 92 anos, ditaram o fim.

Sereno e atento até aos últimos instantes, partiu com a dignidade e a dimensão dos Grandes. Os tais que, sendo Grandes, passam ao lado dos grandes.

Cá em baixo, no porão do barco, com as cautelas e o respeito devido, Nhô Domingos dorme o sono eterno e faz a sua derradeira viagem para Coculi.

Este é o canal que ele já não vê!

O mesmo que ele em vida atravessou, altas horas da madrugada, fugindo às leis injustas de Salazar. Também ele, num bote minúsculo, subiu e desceu as ondas gigantes, enquanto em Coculi se rezava para que voltasse são e salvo. Os mesmos que hoje rezam pela sua eternidade. Para que nos céus se faça justiça.

No ar, gaivotas sobrevoam e acompanham o Mar de Canal.

Na água, peixes voadores surgem do azul das ondas, voam e mergulham mais à frente… Os golfinhos emergem e mergulham num constante entrar e sair de água, que cansa só dever.

Estes, os guardas de honra do Mar de Canal. Estes, os melhores guardiães da última viagem de Nhô Domingos.

No Coculi é grande a tristeza.

O sino da velha igreja, paredes meias com a casa de Nhô Domingos, brame espaçadamente. E deixa no ar um som triste que se espalha pelos vales e inunda o espírito dos viventes. E quando o vento se ajeita e a flor da cana baloiça ao sabor dele, até em Boca de Coruja se ouve o choro do velho e fraco sino…

Aqui e ali ouve-se a criançada. Mas não se vê a criançada…

Ficaram-se pelos pobres quintais onde os mais velhos comentam a hora di bai de Nhô Domingos.

Mas Coculi está sempre bonita.

Sempre!

Mesmo na hora da tristeza!

Vieram de todo o lado.

Da Povoação, da Ponta do Sol, de Fontainhas, do Figueiral, de Boca de Coruja e de Chã de Igreja, entre outras.

O Coculi encheu.

E subiu a montanha rezando pelo falecido, ao som melodioso e penetrante das cordas dos violinos….que arrepiam e choram, tal a destreza e o sentimento que os dedos lhe incutem.

Mais em baixo o terreno da C.A.S.A, que Nhô Domingos não viu construída. Mas que o será, com toda a certeza, para que nela os pobres sejam menos pobres.

E sobe-se. E continua a subir-se.

E, quanto mais se sobe, mais bebemos daquele vento persistente e vislumbramos os cumes de Sto. Antão.

Uma paisagem única.

Uma beleza inaudita.

E chega-se ao Campo-Santo, onde o nosso amigo, para sempre ficará.

No regresso já se sente alguma descompressão.

E já há vozes altercadas na descida compassada.

O que tinha que ser feito, feito está.

Já passou a emoção, a reza e os pêsames que sempre se dão e não se regateiam nestas alturas…

E a família de Nhô Domingos esteve lá. Toda!

Na hora de bai,

Do pai,

Do avô, do bisavô, do irmão, do tio…

Do amigo.

A tarde caiu e a família, agora em casa, continua reunida. A vida passou a ser outra. É a vida! Que se muda de um para outro momento.

É a hora da dor vivida no silêncio, com as memórias que a todos assolam.

Tudo vem à memória.

Tudo!

E o passado, faz-se presente.

Os filhos, alguns, sentam-se junto à igreja, antes que a noite caia.

E falam silêncios, entrecortados com os pequenos goles de grogue.

O Cónego Terças, que mereceu campa rasa, perto da porta de entrada do velho edifício, é testemunha desta homenagem a Nhô Domingos.

Dos filhos que bebem do seu grogue.

Abençoados trapiches que tanta cana espremeram.

Abençoados braços que tudo deram a tantos filhos.

E também os de D. Mariazinha. Que afagaram e trabalharam.

E muito!

Ela, sempre presente, que não se despediu de Nhô Domingos.

Há muitas mulheres assim que, como ela,

jamais de despedem.

Nem do homem, nem dos filhos.

Porque amaram muito.

Amam muito.

Um amor infinito que não tem hora de bai…

Foi assim a hora di bai de Nhô Domingos.

Que descanse em paz.

António Rodrigues

(o autor deste artigo, não esteve lá)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Europa das "europas"


Quando intitulo esta minha pequena divagação pela estratégia da língua, ou se quisermos das línguas, de “Europa das Europas”, faço-o precisamente porque penso que é isso mesmo que hoje temos no contexto da União Europeia. Seremos porventura a maior união política do mundo onde o multilinguismo é respeitado de uma forma clara e objectiva, de tal modo que os seus custos têm quinhão muito expressivo nos orçamentos da União. E é precisamente por isso que as “europas” se dispersam pela Europa, pelo simples facto de ao longo dos séculos se ter construído no continente em que vivemos, a afirmação, a conjugação e a articulação da sua riqueza multilinguística, com tantos países e tantas línguas, inseridos num espaço relativamente pequeno. No passado recente, cada país era uma riqueza e uma identidade tão fechada e tão assente nas suas géneses e tradições, que só os tempos modernos, por força da informação e da queda das fronteiras, permitiram outro tipo de evolução. E de interacção.


Quer queiramos quer não, esta matriz identitária dos povos, é hoje um “puzzle” na Europa unida pela política, mas nunca unida pela língua e muito menos pelos costumes.


E é esta exactamente a sua riqueza… e é neste tabuleiro de diversidades culturais que se jogará o futuro da União, nomeadamente a sua identidade que resultará recauchutada, fruto das políticas de miscigenação politica, cultural e social, com a aplicação e a adesão aos programas Erasmus, Sócrates, Leonardo da Vinci e outros que tais…


Precisamente porque os europeus salvaguardaram à união política a não união linguística, de resto impossível, resulta daqui como que uma disputa de liderança de língua em que o Inglês, o Francês e o Alemão, marcam a dianteira, não necessariamente pelos méritos da língua e muito menos pelas sua representatividade mundial, mas antes por questões estratégicas e de representatividade nacional. E da força do dinheiro…


A Europa respeita a liberdade, a democracia e a diversidade e, nesse contexto, também o multilinguismo é respeitado, de tal modo que lhe criou um marco: o Dia Europeu das Línguas. Assim, reconhece que esta diversidade linguística é um dos pontos de honra da Europa, em que a aprendizagem das línguas é factor de tolerância e de respeito mútuo.


O inglês é hoje, inequivocamente, a língua que, depois da materna, mais se aprende ou ensina, não só na Europa como um pouco por todo o Mundo. Por isso mesmo, se tornou aqui a e acolá numa espécie de “crioulo” tal a dimensão da adulteração da sua génese. Aliás, este tipo de fenómeno levou a que, em Torres Novas, o Professor Adriano Moreira se referisse à língua inglesa como o “Globis” ou o Tradut, algo que resultará de um inglês transversal a todo o fenómeno linguístico universal.


A União aconselha e sugere que para além da língua materna, se aprendam mais duas línguas, o que é mais um reforço da estratégia de tolerância e de respeito pelos valores do diálogo intercultural, que há-de ser, se o não é já, a alma de uma União Europeia rica e desenvolvida, que o futuro há-de atestar.


Portugal, em minha opinião, soube e bem, nos anos 80 e 90 do outro século, defender a manutenção da língua portuguesa nos milhões de emigrantes espalhados pelo continente europeu. Tivemos, por ali dispersos, centenas e centenas de professores a ensinar o português aos filhos dos nossos emigrantes. Um feito que passou despercebido ao comum do cidadão mas que foi determinante para a afirmação e para o respeito do nosso idioma.


E se hoje essa “batalha” está, eventualmente ganha, falta perceber se o português consegue sobreviver num mundo de disputa pela utilização e afirmação das línguas, numa Europa prenhe de diversidades linguísticas em que adicionamos às línguas oficias e indígenas, todo o manancial de expressão oral oriundo de outros continentes, muito em particular de África e de Ásia. Falantes que hoje inundam a União Europeia em busca de melhores dias.


Abençoada expansão marítima portuguesa que permitiu a divulgação e também a expansão da nossa língua um pouco por todo o mundo. Se tal não tivesse acontecido e se hoje não fossemos 240 milhões a falar a língua de Camões, os riscos próprios da língua de um país pequeno e periférico da Europa, seriam enormes e o seu futuro muito comprometido.


Quando um intelecto com a dimensão de Adriano Moreira, afirma sem pejo, que dentro de 20 anos a língua italiana, “mãe” de um país rico e nesse contexto nada comparado com Portugal, poderá estar em risco de acabar, o que seria do português se só fosse falado no nosso rectângulo ibérico?


Abençoado Vasco da Gama, Cabral e quejandos.


António Rodrigues

sábado, 13 de novembro de 2010

O outro


Escreve Boaventura de Sousa Santos:

“É na medida em que o multiculturalismo como descrição das diferenças culturais e dos modos da sua inter-relação se sobrepõe o multiculturalismo como projecto político de celebração ou reconhecimento dessas diferenças que ele tem suscitado criticas e controvérsias, vindas tanto de sectores conservadores como de diferentes correntes progressistas da esquerda”

O sociólogo tenta enquadrar numa óptima de linguagem ou interpretação política, o conceito do multiculturalismo, criando de certo modo a dicotomia direita/esquerda, para separar as águas comportamentais das reacções das sociedades ditas modernas face a este moderno fenómeno que atinge os estados nações. Arrisco-me, e de que maneira, a discordar deste raciocínio. Esta questão de aplicar o conservadorismo e a esquerda na apreciação ao comportamento social de determinada sociedade face a coexistência de diversas culturas num mesmo espaço, não me soa bem.

Por um lado, porque hoje, também devido à globalização, é mais do que óbvio questionar o conceito de esquerda e de direita, e, por outro, porque esses conceitos, estiveram e estarão sempre mais imbuídos para questões das disputas de interesses de classes antagónicas nas suas vertentes económicos, sociais e políticos, e também, muito em especial, porque estes conceitos são muito, muito anteriores ao fenómeno das migrações tal como hoje as vemos. E, por isso, parece-me desajustado ir por este caminho. Bem sei que há dois ou três séculos atrás, para não recuar ainda mais no tempo da história, também houve mobilidade de grupos e até de povos, mas o espírito de então, em minha opinião, era mais o da conquista, da guerra e da ocupação territorial, do que o espírito pacifista das migrações que estão na base do multiculturalismo.

Comprometer os conservadores por terem uma visão crítica na apreciação ou depreciação que fazem sobre determinada cultura “infiltrada” no seio da sua sociedade, olhando-a com superioridade, tendo muito de verdade, não será exclusivo duma direita, ainda em muitos casos ferida pela perca do império, saudosista do colonialismo e, por isso, ainda marcada pelas agruras da história.

Há por aí muito boa gente que se assume de esquerda nas questões políticas e sociais do seu estado nação, mas que convive mal com outras culturas e outras raças, por uma série de factores intrínsecos a cada um dos intervenientes. Se quisermos analisar tudo isto na óptima da extrema-direita e da extrema-esquerda, aí, inequivocamente que B.S.S. tem toda a razão.

Conviver com outras raças e outras culturas, que nada nos dizem, é muito mais uma questão intrínseca de cada cidadão, que está muito acima de qualquer conceito político de esquerda ou de direita. Sou um defensor consciente dos valores da multiculturalidade e, mais do que isso, de políticas de assimilação que salvaguardem de uma forma clara, a dignidade humana e os direitos da liberdade de cada um dos imigrantes, em que, valha-nos isso, Portugal é exemplo no mundo. Este não me parece um valor de esquerda ou de direita, mas um valor do humanismo em que deveria assentar toda a nossa relação com o outro.

O respeito pela diferença, a compreensão pelos problemas do outro, a cooperação que fizermos e que estiver ao nosso alcance, as portas que abrirmos para que o outro encontre um sorriso e veja que o sol também para ele nasceu, nunca poderá, em minha opinião, ser um conjunto de valores propriedade de nenhuma esquerda ou direita ou de outro qualquer conceito político, muito menos paternalista, antes valores do humanismo e da liberdade.

Quero ainda acreditar que a liberdade e o humanismo, são valores políticos transversais inerentes a todas as filosofias políticas que têm por objectivo melhorar a vida do cidadão e das comunidades em que vivemos.

António Rodrigues

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Um outro e diferente amor


Coculi é um dos recantos mais bonitos que até hoje conheci.

Nem mais nem menos do que meia dúzia de casas entaladas entre si e encravadas na base da montanha, com uma pobre igreja que respiga e emerge de entre os poucos e velhos telhados. Como pano de fundo as soberbas montanhas de Santo Antão, que mais parece multiplicarem-se entre si. Caísse ali neve, e escondêssemos os coqueiros que, altivos, por detrás do casario emergem, e, garantidamente, poderíamos comparar o cenário ao melhor que da Suíça se conhece.

Coculi mira as suas montanhas e, nelas escarpadas, dançam as largas manchas da flor da cana-de-açúcar, com os seus cachos cinzentos, muitas vezes prateados, que marcam uma paisagem tipicamente africana. E marcam-na, ondeando e brilhando sob o sol quente da morabeza. Morabeza que é também calor, encanto e bem acolher…

Sempre o conheci agarrado aos seus trapiches[1]. Numa labuta calma e serena.

Atento e astuto, de carnes secas, pele bem escura e o boné sempre a proteger a cabeça de cabelos ralos, o nosso velhote é uma referência não só nos vales da Ribeira Grande como em toda a ilha.

Referência de trabalho, coragem, verticalidade e pai de grande prole.

Vinte e um! São os filhos! Os seus…

Mas a sua imagem foi sempre marcada pela sua solene altivez e elegância, montando uma mula, a sua mula, que o transportava para todo o lado… E ela, lá parava de quando em vez, para que o montador pudesse cumprimentar o amigo que passa, sempre com um sorriso e com aquele toque na aba do boné, muitas vezes levantando-o em sinal de cumprimento.

E ele está mesmo velhote.

São já noventa e dois anos… de trabalho, de suor e de dedicação.

E com os filhos, os tais vinte e um, sempre a protestar para que não ande mais em cima da mula… muitas vezes adormece em cima dela, e não fora também ela ser velha, manhosa e bem conhecedora do caminho e muitas vezes o nosso amigo teria entrado perigosamente pelos vales dentro.

E, tanto o avisaram, que o aviso passou a ordem. Recentemente!

E o nosso ancião, Domingos de seu nome, passou a andar só a pé. Mas sempre a caminho das suas fazendas, dos seus trapiches, numa labuta, como ele velha e permanente, a mesma que no tempo lhe permitiu, sabe Deus como, dar uma licenciatura a todos os filhos.

Todos!

Incluindo as filhas.

Convém lembrar este pormenor porque Sô Domingos também foi português e do tempo de Salazar. O tal que não dava muita confiança à formação das mulheres.

Mas com Sô Domingos as coisas foram bem diferentes.

E, porque Cabo Verde não tem universidades, os filhos correram o mundo, espalhados por elas e delas regressando de “canudo” na mão. E há por lá engenheiros, arquitectos, médicos, gestores, juristas e até políticos. E todos bem na vida, como ele gosta sempre de lembrar… Com orgulho bem merecido!

Mas Sô Domingos um dia caiu… não da mula, mas da cama!

E, danado, dizia: tanto me proibiram de montar a mula para não cair, que caio da cama!



Partiu o colo do fémur…

E foi de barco para o Mindelo. Para o hospital…



E, assim, rumou o canal de mar alto, o tal que liga Santo Antão a S. Vicente. O mesmo que, cinquenta anos antes, atravessou a altas horas da madrugada dentro de um pequeno bote a remos, perdido na imensidão das ondas e nos medonhos assobios dos ventos alísios, para vender o seu grogue[2]; o tal que Salazar proibia nos termos das leis austeras contra a candonga. Levava grogue para S. Vicente e, no regresso para Sto. Antão, produtos de comércio que escapavam à sua ilha das montanhas.

E lá ficou e lá ainda está. No hospital.

Com dores e impaciência.

Valha-nos o telemóvel, para através dele dar ordens para que os trapiches funcionem e bem.

E, amores de hoje e de antão, os vinte e um filhos estão sempre presentes. Planearam e cumprem. Todas as noites, um dorme no hospital, no quarto do pai.

Revezam-se.

Para que o pai tenha o filho e o amigo presente. Que contam histórias e vasculham a memória até que o sono chegue. E como já está de “molho”, como ele gosta de dizer, há mais de vinte e um dias, os filhos já vão na segunda volta.

E não falham.

E vêm de longe. Onze deles de avião, vêm de Santiago para dormir com o velhote: o pai e amigo.

É assim esta família.

Cá, seria dos tempos idos e antigos. Ultrapassada.

Lá, família dos dias de hoje. Como muitas outras existem.

E, lá como cá, há sempre uma mulher grande nestas famílias.

E ficou para o fim, porque primeira.

Tendo tido onze filhos é “mãe” de vinte e um.

Não a madrasta, mas a mãe. A amiga. Tolerante, disponível e sempre presente.

A D. Mariazinha!

É assim a família crioula.

É assim em Cabo Verde, onde não há lares nem centros-de-dia para hospedar os velhos. Os tais que temos por cá e em profusão cada vez maior. Os tais onde ficam e esperam pelo último dia.

Outro mundo, outra sociedade, outros valores.

Mais atrasados e mais pobres?

Tiremos as ilações!

António Rodrigues



[1] Destilaria artesanal da cana-de-açúcar para produção do grogue

[2] Aguardente de cana-de-açúcar