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Princesa

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Médicos com Fronteiras




Vieram com entusiasmo.


Para Torres Novas e outros concelhos da região.


Tudo foi bem divulgado, porque finalmente uma parte das populações concelhias voltaria a dispor do seu médico de família.


E vieram médicos da Colômbia e da Costa Rica. Jovens com entusiasmo a quem foram exigidos exames para a “equivalência de competências”. E fizeram-nos!


Os jornais divulgaram e as populações sentiram que, uma parte do seu problema, estaria resolvido. Por isso, a iniciativa foi aplaudida.


Nada mais falso!


Quando no dia 5 deste mês se tentou fazer o ponto da situação e saber como estava a evoluir a vida social e profissional destes médicos, a surpresa foi total:


Ainda não trabalham, já lá vão três meses.


Apesar do Estado português lhes pagar o vencimento, os médicos sentem-se enganados e sentem-se mal. Receber sem trabalhar não consideram que seja sensato e justo, o que é natural. E desesperam para que venha uma solução.


Ao que parece, não haverá “Convénio de reciprocidade entre Portugal e Costa Rica”.


A ser verdade, porque não se acautelou previamente a questão?


A ser verdade, porque partiram dos seus países, sem estarem devidamente informados e esclarecidos de todos estes problemas.


E porque não foram as restantes entidades envolvidas no processo, informadas de tudo isto?


Na verdade, pura e dura, brincou-se de forma leviana com muita gente, em especial com os próprios médicos. Que se sentem, sem o quererem, turistas à força num país que os chamou para ser médicos.


E que o são, mas com fronteiras…



António Rodrigues

1 comentário:

  1. Ainda hoje ouvi com pouca atenção o nosso ministro das finanças a falar de forma irritante e a não conseguir explicar onde vai poupar/cortar nas despesas. Para ele despesas é cortar em salarios da função publica.

    Mas uma coisa eu me pergunto, será que quem tratou desta vinda dos médicos para Portugal?

    Um individuop singular?

    Um grupo de trabalho anarquista?

    Ou um grupo de trabalho liderado por alguem?

    Querem ver que ainda vou ser eu o castigado por isto, cá é normal o culpado ou vai para o Parlamento Europeu até se esquecerem dele, ou vai para administrador de alguma empresa.

    Nunca se castigam os culpados.

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