Marcelo, o cristão
Não votei em Marcelo.
Não gostava dele.
Mudava de canal,
quando aparecia o Professor… achava que ele abusava dos comentários e se
exibia. Mas sabia, reconhecia e reconheço que não é inteligente… é muito
inteligente.
Hoje, ele é para mim
e, porventura para muitos, o paradigma do político quase ideal.
É ele que perante
tragédia empurra emocionalmente o país. E empurra-o com gestos de afecto e de
carinho. De ternura e de comoção. E vê-se que o homem é sincero, é genuíno. E
um homem sincero e genuíno, quando muito inteligente, torna-se “perigoso”. Porque
diferente, porque provocador. Mas perigoso, porque activo e bom de coração.
Hoje, ouvem-se
algumas (poucas) vozes do PS – os que têm a memória curta - a discordarem do
seu discurso de Oliveira do Hospital, em que deu um murro na mesa, impondo um
rumo, um caminho de união, colocando à frente de tudo, os interesses do nosso
país…
Foi e é o garante de
um Portugal unido na dor e na tragédia. Terá sido, em minha opinião, o murro
mais feliz e mais eficaz da história da democracia portuguesa. Ajudou a lavar a
cara de um Estado incompetente, provocador de desgraça e tragédia, neste
pormenor dos incêndios.
…E o Estado não é um
só Governo. Somos todos nós, também…
Mas esta postura de
Marcelo, está muito, mas muito para além do político e presidente. Ela encarna
e de que maneira, a postura do cristão assumido, que em atitudes de coerência
com a sua fé, corre o país cumprimentado, abraçando e beijando quem sofre, quem
chora e quem tudo perdeu. Quem perdeu a esperança no futuro.
E quem perdeu filhos,
pais, amigos e outros a quem os liga o sangue da vida… e da morte.
Marcelo tornou-se, em
tempo de desgraça e de tragédia nacionais, a luz ao fundo do túnel para uma boa
parte dos portugueses. Talvez mesmo da maioria!
Obrigado Presidente…
Desculpe, porque o
“burro”, afinal, fui eu!
António Rodrigues
22 de Outubro de 2017
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