A mais pequenina

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Princesa

sexta-feira, 9 de julho de 2010

LoroSae















....... Partir com o seguinte estado de espírito:


a) Espírito de missão

b) Consciente das dificuldades que se irão encontrar

c) Ter sempre presente o respeito pelos entrevistados, pela sua cultura e, acima de tudo, pelas suas declarações

d) Não influenciar em nada as respostas dos entrevistados

e) Partir com o espírito de Baden-Powell, percebendo que a técnica da observação é, neste caso, fundamental.

f) Ter sempre presente que de todo o trabalho que se vier a efectuar surgirão premissas e raízes para uma futura legislação autárquica timorense

g) Diversificar ao máximo o tipo de entrevistados, não centrando todo o trabalho nos chefes de suco, mas noutros elementos influentes da comunidade, sejam liurais, padres, professores ou régulos

h) Seguir o método das entrevistas livres e abertas

i) Nunca esquecer que apesar de amigos, estamos em país estrangeiro com um povo esmagado e cansado pela guerra…

j) Cada dia será dedicado a um distrito

k) Compartimentar e identificar bem cada uma das perguntas/respostas por distrito

l) Perceber que distrito a distrito as sensibilidades são diferentes

m) Perceber que o relatório final e os juízos de valor têm que reflectir com rigor as diversidades e assimetrias regionais.


........

In "Memórias de Hoje"

de


António Rodrigues







2 comentários:

  1. LoroSae
    Enquanto espreitava este blog de AR, relativamente ao qual deixo uma palavra de apreço pela atitude de abertura e de transparência política que o mesmo manifesta, suscitou-me particular admiração o comentário “LoroSae”, acerca de uma nação e povo que nos devem merecer a maior consideração, também pela forma gloriosa como os timorenses teimaram, contra ventos e marés, desprovidos de apoios e recursos e abandonados a um destino indesejado, em afirmar a sua independência, mantendo vivos os laços culturais e civilizacionais que os ligavam a Portugal.

    Sendo hoje o dia de aniversário das Falintil, não se pode deixar de recordar o exemplo de tenacidade e abnegação daqueles guerrilheiros timorenses que viveram cercados e acossados nas montanhas durante 25 anos, numa luta política e militar permanente, contra um invasor implacável, quais David’s contra Golias, sofrendo das maiores perseguições e privações, sem nunca baixarem os braços ou desistirem, em face da apatia generalizada que o mundo manifestava em apoio da sua causa. Até mesmo os portugueses lhes foram virando as costas, só despertando para a realidade que se vivia em Timor após os acontecimentos mediáticos de Santa Cruz e da prisão de Xanana Gusmão.

    Numa altura em que são já poucas as notícias que recebemos dessa distante nação, agora beneficiando de um período de maior tranquilidade, o empenhamento de AR nesta colaboração com Timor LoroSae afigura-se uma iniciativa louvável, pelo que deixo aqui um modesto incentivo para que AR possa prosseguir nesta vertente da cooperação com os países de língua oficial portuguesa, onde muito ainda há a fazer em benefício de todas as partes.

    Nota: O texto foi escrito para o blog a 20/8 , mas só agora consegui perceber como se enviam comentários!

    Cumprimentos
    2010-08-20
    Mário de Deus

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  2. Obrigado Mário de Deus pelas suas simpáticas palavras que são muito motivadoras. Aproveito para lhe comunicar que comecei recentemente uma tese de Mestrado em Relações Interculturais cujo tema é o "O Poder Local em Timor e a sua Multiculturalidade"
    Cumprimentos

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